Fachada do Hospital Santa Lucinda

Fachada do Hospital Regional de Sorocaba

Greve Nacional de Médicos Residentes - Praça da Sé em São Paulo. Novembro de 2006

Representantes de Sorocaba na Manifestação da Praça da Sé em São Paulo durante a Greve Nacional de Médicos Residentes. Novembro de 2006

Residentes de Clínica Médica durante a Paralisação Nacional de Médicos Residentes em 24 de Agosto de 2006

Residentes de Ginecologia e Obstetríca durante a Paralisação Nacional de Médicos Residentes em 24 de Agosto de 2006

Residentes de Pediatria durante a Paralisação Nacional de Médicos Residentes em 24 de Agosto de 2006 em Sorocaba

Residentes de Ortopedia na Paralisação Nacional de Médicos Residentes em 24 de Agosto de 2006

Fotos da Paralisação Nacional de Médicos Residentes em 24 de Agosto de 2006 em Sorocaba

Fotos da Paralisação Nacional de Médicos Residentes em 24 de Agosto de 2006

Representantes de São Paulo, Pernambuco, Bahia, Santa Catarina e Rio de Janeiro no 41º Congresso Nacional de Médicos Residentes em Blumenau/SC. Setembro de 2007

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Breve histórico da Residência Médica em Sorocaba nos últimos anos.

Caros amigos,

Os dois últimos anos foram de grandes acontecimentos para a residência. Em agosto de 2006 ocorreu uma paralisação por melhores condições de residência e pelo aumento da bolsa. Houve a participação importante de residentes de todas as especialidades, com menos participação da clínica cirúrgica pois os mesmos se sentiram muito ameaçados. As fotos do dia estão no site da AMERESO (www.amereso.blogspot.com). Após protestos na porta do Hospital Regional pela manhã, os residente reuniram-se à tarde, e cada especialidade escreveu uma carta com reinvidicações (umas mais extensas que as outras) que foram encaminhadas à COREME e à diretoria do CCMB. Em novembro, começou então a GREVE NACIONAL, que teve participação quase completa dos residentes de Sorocaba. Representantes da AMERESP foram recebidos por deputados, senadores e até pelo Governador de SP. Após quase um mês, foi aprovado um projeto de lei que reajustou a bolsa.
Tudo ia bem, quando no início de 2007, foi determinado que os residentes ficariam limitados a poucas vagas no estacionamento do Hospital Regional. O aumento no numero de carros dos funcionários, obras de reforma do hospital, mau uso das vagas por parte de alguns e pressões de sindicatos de categoria influenciaram a tomada da decisão. Apos inúmeras reuniões e inclusive com ameaças de paralisações decididas em plenárias, conseguimos algumas conquistas como aumento no numero de vagas para 30 e estacionamento no “aranha” por 20 reais mensais em horário comercial.
Ainda em 2007, os residentes da clínica cirúrgica conseguiram a maior conquista isolada de uma especialidade, dos últimos anos. Através de cartas corajosas (mantendo sempre o respeito), foram feitas denúncias gravíssimas de preceptoria, que culminaram com a demissão/afastamento de professores e reformas na residência. Tivemos um grande exemplo de que com vontade, atitude e CARTAS, muita coisa pode acontecer. Neste ano foi criado também o website da AMERESO.
Em dezembro de 2007 foi adaptado pela AMERESO um questionário de avaliação da residência pelos residentes. Contou com o total apoio da COREME, que inclusive imprimiu alguns formulários, mas a ação não ganhou corpo e infelizmente os poucos entregues não fizeram ainda parte de estatísticas, mas estão guardados e serão analisados quando a pesquisa for retomada (por alguma alma boa).
Neste ano, a AMERESP enfraqueceu. Após dois anos de atuação com grandes emoções, a atual diretoria apresentou sinais de cansaço. Foram poucas as reuniões e neste ano não houve a tradicional festa com churrasco de integração. Também não houve nenhuma medida de grande impacto e não por falta de necessidade. Muita coisa tem acontecido e os residentes como classe tem ficado alheios às mudanças (exceto pelas garotas da GO que estão correndo atrás).
Algumas residências como as de ginecologia e obstetrícia, clínica médica e oftalmologia, estão passando por mudanças importantes que afetam diretamente seus programas de residência. A GO está passando pela transferência de suas atividades para o Hospital Santa Lucinda. A oftalmologia está com problemas crônicos com equipamentos e o numero semanal de cirurgias realizadas pelos residentes está ameaçando cair com as mudanças do Santa Lucinda. A clínica médica passa pelo drama contínuo de dificuldades com os plantonistas no pronto socorro. Outras especialidades estão passando por problemas sérios e nós, os agentes diretos da residência, poderíamos ter uma participação muito mais intensa em tudo isso.
A COREME é formada por docentes muito qualificados e interessados em resolver os problemas da residência médica. Mesmo assim, a participação atuante dos residentes nas reuniões é sempre importante, como dando um gás novo sempre aos temas discutidos. Ao nos fazermos presentes e interessados em boas mudanças, as deliberações são mais firmes e rápidas e todos nós saímos lucrando. A AMERESO tem direito a UM voto, mas todos os residentes têm livre acesso para participarem e contribuir.
Por fim, os atuais diretores conclamam os residentes interessados a participar das mudanças. Precisamos de gente que queira contribuir. Aqueles que foram R1 ou R2 e que já tenham uma idéia das coisas que ocorrem em Sorocaba, estão convidados a ajudar. Nos encontros da AMERESO, ninguém é dono da verdade, superior ao outro ou conhece os atalhos para todas as soluções. Para ajudar basta encontrar-se com colegas, conversar sobre as necessidades, ESCREVER e protocolar. Há muito espaço para dialogo e sempre encontramos na PUC a disposição em ajudar.
Espero que este breve relato das experiências da AMERESO nos útimos anos inspire mais gente a participar. Vale a pena!

Um abraço,

Fernando Ventin (R3 de ortopedia e traumatologia).

sábado, 5 de abril de 2008

NOVO DESCONTO NA BOLSA

A partir de 10 de abril haverá desconto na fonte do INSS sobre as bolsas de Residência Médica dos programas da Secretaria de Estado da Saúde.
Pelo entendimento de que a Residência Médica não constitui emprego e sim modalidade de treinamento em serviço, tal desconto não vinha sendo realizado nas bolsas administradas pela FUNDAP. Entretanto, em março o Secretário da Saúde de SP foi multado em 140 mil reais pelo não recolhimento previdenciário das bolsas de RM. Foi, a partir de então, determinado o desconto de INSS, cujo primeiro desconto já será em 10 de abril.
Consta na Lei que a bolsa-salário referente à Residência Médica é sujeita a contribuição previdenciária (compulsória) na categoria de contribuinte individual. O percentual é de 20 % sobre o valor líquido mensal, c/ margem a variação (8 – 20 %) da parcela que deve ser paga pelo residente (e da parcela que cabe ao órgão pagador), com desconto em fonte. Na prática, a perda na bolsa para o residente será de 11 %. Aliás, a administração das bolsas não será mais realizada pela FUNDAP e sim diretamente pela Secretaria de Estado da Saúde.
Observação importante é que diante do fato de que o residente muitas vezes tem outros trabalhos (onde também é descontado INSS) existe a possibilidade de que somado o desconto INSS bolsa + desconto em outros serviços seja ULTRAPASSADO o teto de contribuição. Assim, para evitar descontos acima do que é devido, o residente deve MENSALMENTE encaminhar cópia de seu hollerit aos seus outros trabalhos (para evitar o desconto do INSS acima do que é devido NESTES serviços).

Já está marcada uma reunião da AMERESP, para o dia 12/04, 14h, na sede da AMEREHC (Associação dos Médicos Residentes do HC – FMUSP – Moradia dos Residentes – Térreo – Rua Dr. Ovídio Pires de Campos, 171 – São Paulo ) para discutir AÇÕES em relação a este problema.

Uma reunião geral será marcada em breve pela AMERESO para discutir o posicionamento dos residentes da PUC frente a esses acontecimentos.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Avaliação da Residência pelos Residentes

Caros amigos,

Essa é uma grande oportunidade de mudar a nossa residência!
A AMERESO adaptou um questionário de Avaliação da Residência que será distribuído a todos os residentes e estagiários de Sorocaba ao fim do período de 2007. Seu preenchimento leva apenas 2 minutos ou seu dinheiro de volta!
O ponto forte deste processo é a garantia total de SIGILO ABSOLUTO. Não será necessária a identificação e nenhum questionário individual ou mesmo dado que possa identificar qualquer residente será divulgado. Não haverá retaliações de nenhum preceptor ou mesmo da COREME, que aliás, apoia a iniciativa.
Após a coleta dos dados, será elaborado um relatório, que será apresentado aos residentes e discutido na COREME com vistas a melhoria de nossa residência!
Lembramos que a participação de todos é importante para o sucesso desta avaliação!
Estaremos abertos para quaisquer dúvidas, reclamações ou sugestões!

Um abraço,

Fernando Ventin
R2 ortopedia
Cordenador da AMERESO - ano 2007

domingo, 18 de novembro de 2007

41º Congresso Nacional de Médicos Residentes: Relato e Reflexões

Nos dias 21 e 22 de setembro de 2007 foi realizado o 41º Congresso Nacional de Médicos Residentes (CNMR), em Blumenau – SC. Trata-se do maior fórum da Associação Nacional de Médicos Residentes (ANMR), entidade representativa da categoria. No CNMR são tomadas as principais deliberações relativas ao movimento nacional de médicos residentes, inclusive a eleição do Núcleo Executivo da entidade.

O CNMR é um evento cercado por grandes expectativas por parte dos médicos residentes, por tudo que representa – não só em termos estatutários, ou mesmo historicamente, mas pelo potencial que pode alcançar. É uma oportunidade para que jovens médicos, lideranças de todo o país, possam se unir pelo bem comum.

Por mais nobre que pareça um ideal como este, sua concretização não é nada simples. Trata-se do exercício da democracia. Bela palavra, mas para aqueles que optam por trilhar por seu caminho, a expectativa é de tortuosidades e aclives. Esse exercício demanda maturidade, serenidade, habilidade de negociação, respeito às divergências...

É claro que a beleza da democracia está nesta complexidade! Seu genuíno resultado, a união, só pode ser alcançado por aqueles que estão dispostos ao ônus deste processo. Para alguns pode ser tentador, diante de tamanhas dificuldades, trilhar por atalhos: autoritarismo, dominação, repressão... Nem se trata de uma experiência nova; é apenas mais fácil. Pode se dizer que é eficiente? Cada um pode fazer seu juízo a respeito disso.

Os Congressos Nacionais de Médicos Residentes dos últimos anos têm sido palco de alguns conflitos. No 40º CNMR, realizado em 2006 na cidade de Gramado – RS, delegados de três estados (São Paulo, Pernambuco e Bahia) foram impedidos de participar com a alegação de que suas Associações Estaduais “não seriam filiadas à ANMR” um contra-senso, uma vez que tais entidades historicamente participavam da ANMR, e que nunca houve um procedimento de “desfiliação”.

Desta vez (41º CNMR – 2007) os médicos residentes de São Paulo, Pernambuco e Bahia puderam participar com direito a voto, uma vez que a filiação de suas Associações Estaduais foi referendada pelo Congresso anterior.

No entanto, foi negada a filiação à ANMR de três Associações de Médicos Residentes de hospitais do Paraná, alegando que os requerimentos chegaram fora do prazo (em razão da greve dos Correios). Da mesma forma, os residentes do Hospital Municipal Mário Gatti (Campinas – SP) tiveram seu credenciamento indeferido por um motivo absurdo: a simples presença de três assinaturas de residentes não-médicos na ata da assembléia que elegeu os delegados, sem que estas tenham sido consideradas para o cumprimento do quorum.

Vale ressaltar que os residentes do Paraná e do Hospital Municipal Mário Gatti não puderam nem sequer apresentar à Plenária seus recursos quanto às decisões tomadas pela Comissão de Credenciamento, uma vez que as votações foram feitas em bloco, sem direito nem mesmo de destaque para apreciação em separado.

Já os residentes de Amazonas, Piauí e Santa Catarina tiveram seus requerimentos de filiação aprovados por este CNMR e puderam participar com direito a voto – um grande avanço com relação ao que ocorreu em 2006. Por outro lado, houve diversos pontos baixos, que podem comprometer a atuação da ANMR durante o próximo ano e até mesmo o processo eleitoral realizado.

Embora tenha sido realizado em Santa Catarina, o Congresso foi organizado por entidades do Rio Grande do Sul (AMERERS e SIMERS), sem participação das respectivas entidades estaduais catarinenses (ACMR, ACM, CREMESC e SIMESC).

Da mesma forma, na mesa de abertura do Congresso não havia representantes destas entidades estaduais nem da Federação Nacional dos Médicos (FENAM). A Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM) nem sequer foi convidada para o Congresso, embora participe ativamente da discussão de Residência Médica.

O edital de convocação da eleição realizada no Congresso, bastante vago, não especificava sequer os horários de credenciamento de delegados e inscrição de chapas. Apenas no início da tarde de 21/setembro foi divulgado que ambos os prazos seriam encerrados às 18h00 daquele dia, ficando ainda o credenciamento de delegados condicionado ao pagamento de sua inscrição como congressistas, também até as 18h00.

No exíguo prazo entre o início do congresso e o término do período de inscrição de chapas, não houve abertura de diálogo para composição de uma chapa única. Assim, os representantes de São Paulo, Pernambuco, Bahia, Santa Catarina e Paraná foram obrigados a compor uma segunda chapa, inscrita nos últimos minutos do prazo.

Ao término do período de inscrição de chapas, havendo mais de uma chapa inscrita, deveria ter sido imediatamente instalada a Comissão Eleitoral paritária (três representantes de cada chapa), conforme o artigo 38 do Estatuto. Isso não ocorreu, levando a “chapa 2” a elaborar solicitação formal de instalação da Comissão Eleitoral, apresentada na manhã do dia 22/setembro.

Tendo em vista a não instalação da Comissão Eleitoral até as 13h00 do dia 22/setembro, a recusa do secretário da AMERERS em receber tal solicitação formal e a ausência de diretores da ANMR no local do congresso na manhã de 22/setembro, não restou alternativa senão buscar a via judicial.

Assim, foi protocolada uma Ação de Obrigação de Fazer, com pedido de tutela antecipada, objetivando a instalação imediata da Comissão Eleitoral, com cumprimento integral de suas atribuições estatutárias. Apenas às 13h45, quando a ação já estava sendo apreciada pelo juiz de plantão, foi instalada Comissão Eleitoral composta por três representantes de cada chapa: Aníbal Pereira Abelin, Daniel de Lima Silva Pereira e José Luiz Bonamigo Filho (chapa 1); Giliate Coelho Cardoso Neto, Igor Tavares da Silva Chaves e Rodrigo Durante Soares (chapa 2).

Mesmo após decisão liminar favorável à chapa 2, da qual o presidente da ANMR foi intimado por oficial de justiça antes do início da Plenária, não foi permitido à Comissão Eleitoral ter acesso às atas de eleição dos delegados, para conferir a lista elaborada pela Comissão de Credenciamento (conforme artigo 39 do Estatuto). Assim, há controvérsia até mesmo sobre o cumprimento da liminar, uma vez que esta determinava que a Comissão Eleitoral deveria “apreciar todas as matérias que lhe são próprias, inclusive inscrição de chapas e votantes”.

Iniciada a plenária, foi negado o direito de voz aos médicos residentes presentes! Foram abertos 10 minutos para encaminhamento de propostas por escrito, sem possibilidade de inscrições para debate. A mesa permitiu que cada chapa candidata ao Núcleo Executivo da ANMR utilizasse apenas 4 minutos para se apresentar.

Foi submetida à Plenária a “Adequação do Estatuto ao Novo Código Civil”, às cegas: os próprios diretores da ANMR afirmaram que o novo texto ainda não estava pronto. Ou seja, os delegados aprovaram um novo Estatuto sem ter acesso ao seu texto! Também não foi apresentada a Prestação de Contas da gestão 2006/2007 da ANMR, comprometando a transparência da entidade.

A seguir, foi realizada a eleição para o Núcleo Executivo, por meio de votação secreta. A chapa 1 (situação) foi eleita com 67 votos, contra 38 votos para a chapa 2. Houve também 4 votos nulos, totalizando 109 delegados presentes. Foi uma eleição legítima? Até certo ponto sim: os “recém-filiados” puderam participar; a chapa vitoriosa obteve maioria; a votação foi apurada por comissão eleitoral paritária.

No entanto, os fatos relatados demonstram sérios problemas na condução do processo: autoritarismo, postura repressora, falta de transparência... Isso afasta as pessoas e os grupos, quando o papel esperado de um evento como esse seria sua aproximação. Por inabilidade, imaturidade ou falta de disposição para dialogar e lidar com as divergências, optou-se por outro caminho: limitar os espaços de debate, proibir as falas e ignorar certos questionamentos.

Espera-se das lideranças que pretendem representar os 19.000 médicos residentes de todo o país uma postura coerente com o conceito pleno de democracia (que não se limita a apenas fazer uma eleição); para tanto, é necessário antes de mais nada que exista abertura para diálogo e amplo debate.

Como resultado de tal processo, tivemos um Congresso Nacional de Médicos Residentes que terminou sem que fosse apresentada, discutida ou aprovada nenhuma proposta referente aos temas de maior interesse dos médicos residentes: valor da bolsa, desconto de INSS, condições de trabalho, carga horária, preceptoria, vistorias de programas, relação com as políticas de saúde... Tais assuntos não protagonizaram a temática do Congresso; foram relegados a segundo plano! Estes não são os principais assuntos referentes à Residência Médica? Ou será a pauta “iatrofobia” mais importante para os médicos residentes?

Também não foi definida a agenda de reuniões para os próximos meses; assim, é possível que novamente tenhamos uma gestão da ANMR que não convoque seus órgãos deliberativos (Reunião de Órgãos de Direção e Reunião da Direção Nacional, ambas compostas por representantes de todos os estados) com frequência necessária. Da mesma forma, não foi definido o local do próximo Congresso, embora houvesse interesse da Associação Baiana de Médicos Residentes em apresentar a candidatura de Salvador – BA para sediá-lo.

Por fim, vale notar que o CNMR deveria ser o espaço destinado à confraternização de médicos residentes de todo o país, onde experiências, conflitos, vitórias e derrotas, seriam compartilhados entre todos. Precisamos cada vez mais de pessoas novas no movimento e o que as atrairá será o clima de confraternização. Nesse sentido, causou estranheza aos médicos residentes (muitos indo pela primeira vez a um CNMR) o clima tenso e o grande número de seguranças no local do congresso, assim como a exigência de CRM para inscrição, limitando a participação de estudantes e outros profissionais da área da saúde.

Com base no acima exposto, as entidades signatárias manifestam seu descontentamento com as práticas da Associação Nacional de Médicos Residentes e conclamam as demais entidades médicas e da educação médica a observar de perto a condução de seus trabalhos, com vistas a evitar situações como as que ocorreram nos últimos Congressos Nacionais de Médicos Residentes, que prejudicam toda a categoria.

Associações Estaduais:
Associação dos Médicos Residentes do Estado de São Paulo
Associação Pernambucana de Médicos Residentes
Associação Catarinense de Médicos Residentes

Associações Locais/Hospitalares
Associação dos Residentes do Hospital Universitário Pedro Ernesto – UERJ
Associação dos Médicos Residentes do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba

Nota contra a resistência às mudanças na formação em residência médica

O Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), na pessoa de seu presidente, Helvécio Miranda Magalhães, vem se posicionar contra o artigo Reflexões sobre a Residência Médica, de autoria do atual Secretário-Executivo da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), Dr. Antonio Carlos Lopes (vide publicação em Setembro neste Blog). O artigo mencionado apresenta opiniões retrógradas que não incorporam os grandes avanços que vêem ocorrendo nas áreas da saúde e da educação do país.

Tais opiniões não nos surpreendem pelo fato de terem sido emitidas pelo coordenador de uma Comissão que foi instituída no período da ditadura militar, mais voltada aos interesses das corporações que a compõem, centralizadora, e que ainda não incorporou todos os segmentos hoje envolvidos no processo de construção das políticas de saúde e educação médica do país.

Os atuais representantes da CNRM, por terem uma maior vinculação à medicina curativa e, particularmente, à área hospitalar, desconhecem as grandes necessidades do sistema de saúde, e, consequentemente, as necessidades integrais de saúde da população. Esta Comissão não acompanhou as mudanças ocorridas no país e necessita de ser modernizada, descentralizada e adequada às reais necessidades do sistema de saúde do país, no caminho que trilharam os melhores sistemas de saúde do mundo.

Os residentes são formados pelo setor público e, portanto, com recursos públicos, mas exercem as suas especialidades, preponderantemente, no setor privado, voltadas às necessidades de uma minoria da população. Além disso, as especialidades mais necessárias para o atendimento da maioria da população, que utiliza o Sistema Único de Saúde, não são priorizadas pela CNRM, agravando o quadro de desconexão entre o aparelho formador da graduação e o sistema de saúde do país.

A recente criação da Comissão Interministerial de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, que contou, na formulação do Decreto presidencial que a instituiu, com a participação de médicos, com residência e pós-graduação nas diversas áreas da medicina, inclusive, da saúde coletiva, possibilitará as mudanças, tão necessárias e almejadas na formação de médicos residentes. Essas mudanças apontam para o desenvolvimento de novas competências - técnicas e humanísticas -, que contribuam para a qualificação na formação dos residentes e para a integralidade da atenção à saúde da população.

É necessário sim que os residentes deixem de ser "mão de obra", o que, infelizmente, vem ocorrendo, inclusive por omissão da CNRM, e que se invista na melhoria da sua formação, nos aspectos qualitativos e quantitativos, para que atendam as reais necessidades de toda população brasileira.

Considerando o Artigo 200 da Constituição Federal, que determina ao SUS o ordenamento da formação dos recursos humanos na saúde, reiteramos nosso apoio à instituição da Comissão Interministerial de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, que desempenhará o importante papel de estabelecer as diretrizes para a formação dos profissionais de saúde no Brasil, inclusive da residência médica.

Helvécio Miranda Magalhães Júnior
Presidente do CONASEMS

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Congresso Nacional de Médicos Residentes

Ocorrerá nos dias 21 e 22 de setembro o Congresso Nacional de Médicos Residentes, em Blumenau, Santa Catarina. É o maior encontro de residentes do país.

O congresso é organizado pela Associação Nacional de Médicos Residentes (ANMR), e tem o poder de definir os rumos da ANMR, como ocorreu em 2006, quando foi aprovada a Greve Nacional dos Médicos Residentes. Também é no CNMR que são eleitos os diretores da ANMR, responsáveis por representar os residentes de todo o Brasil, inclusive na Comissão Nacional de Residência Médica (órgão do MEC que toma as principais decisões relacionadas à residência).

Todos os residentes do Brasil estão convidados e a AMERESP disponibilizará um ônibus gratuito saindo de São Paulo dia 20 (quinta) as 19h.

Interessados: amereso@gmail.com

Reflexões sobre a Residência Médica

Criada por decreto presidencial em 1977 e regulamentada por lei em 1981, a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) tem uma estrutura organizacional bem definida. Por intermédio de seu plenário, garante autonomia total nas discussões pertinentes a esse importante segmento da formação em Medicina.

Os nove membros do plenário da CNRM são representantes de entidades de credibilidade e com inserção social, tendo seus assentos assegurados legalmente. Todos possuem vínculos, diretos ou indiretos, com a residência médica e trabalham com o objetivo de estabelecer resoluções para possibilitar a excelência no treinamento médico em nível de pós-graduação.

Esse mesmo plenário posiciona-se enfaticamente contra a violação dos direitos dos residentes e é opositor sistemático de qualquer tentativa de transformar os acadêmicos em mão-de-obra de ocasião.

Recentemente começou a ser divulgada mais intensamente uma versão de que a residência médica é uma política de saúde. Essa versão, é evidente, vêm daqueles que enxergam a medicina pela janela de seus gabinetes. São pessoas que hoje formam uma nova classe: a dos barachéis em medicina que estão longe da prática médica e que não interagem um momento sequer com a comunidade. Esse mesmo grupo, diga-se de passagem, quando necessita de atendimento, busca o médico que cursou a melhor residência, se possível, com mestrado, doutorado e pós no exterior.

As críticas à residência médica são, na maioria das vezes, desqualificadas, embora respeitadas de acordo com os princípios democráticos e o estado de direito, pois se trata da garantia do contraditório. Porém, os críticos têm de demonstrar coerência nas atividades profissionais. Afinal, não basta ter CRM para passar da categoria de bacharel para a de médico.

É primordial que a residência médica seja respeitada, que não seja vista sob a ótica estreita de política de saúde. Ela é muito mais: é e deve ser sempre encarada e tratada como política de governo, acima de partidos e de homens. É um instrumento essencial ao bom atendimento em saúde.

Aqueles que, por opção ou por incompetência, não conseguiram exercer a medicina, infelizmente passaram a se preocupar erroneamente com aquilo que é a pérola da coroa da assistência de qualidade: a residência médica. Talvez, futuramente, revejam seus valores distorcidos e comecem a contribuir para uma medicina melhor e uma saúde digna.

Antonio Carlos Lopes é presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica e professor titular da Disciplina de Clínica Médica do Departamento de Medicina da Unifesp

http://www.reporterdiario.com.br/index.php?id=35600

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Mudanças no Estacionamento do CHS

A partir de hoje, haverão mudanças no funcionamento do estacionamento do CHS. Muitos se assustaram com a decisão do Hospital de retirar os selos dos carros hoje. O que foi passado para a AMERESO ontem é que apesar dos selos estarem sendo retirados, todos os residentes (incluindo os R1) poderão entrar no estacionamento apresentando identificação Residente/Estagiário. A partir de segunda feira dia 14/05, no entanto, somente entrarão no estacionamento os trinta primeiro carros que chegarem, e apenas pela portaria do Leonor. Ao que entrar será dado um cartão com o número de "1" a "30" e neste momento o Residente/Estagiário terá que se identificar; então seu nome será checado em uma lista e o horário de entrega do cartão será anotado. A pessoa poderá deixar o seu carro lá até mais ou menos as 17hs (antes de preferência) pois algumas especialidades iniciam seus plantões noturnos. Neste horário estas vagas DEVEM estar disponíveis para os plantonistas noturnos. Será muito importante o compromisso de todos no gerenciamento destas 30 vagas pois os grandes prejudicados pela desorganização seremos nós mesmos. Os horários serão checados na portaria e o CHS pretende cancelar o direito ao acesso aos que estiverem extrapolando os prazos;.
Se segunda feira você for estacionar e não houver mais vagas para você, a opção oferecida pela PUC será recorrer ao ARANHA e pagar uma taxa de 20 reais mensais - mas lembre-se: o período de permanência lá é das 7 as 20 horas!!!!
Sugiro o agendamento de uma assembléia para discutir o estacionamento com um tempo após a implementação deste sistema para que identifiquemos os problemas e busquemos suas soluções, para que ele fique o mais justo e eficiente possível.
A diretoria da AMERESO se coloca a disposição para dúvidas ou sugestões. Falar com Inhame (Clínica), Janaína (Pediatria), Vinícius (Otorrino) ou Fernando (Ortop).
Por favor repassem estas informações aos estagiários ainda não possuímos seus e-mails.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Atualizações do Problema do Estacionamento

Durante a reunião do dia 13/03/07, foram cogitadas algumas possibilidades de resolver o problema do estacionamento, porém elas colidiam com grandes interesses ou com limitações financeiras da PUC ou do CHS. A solução pais plausível seria possibilitar a área da "Aranha" para os residentes, porém a PUC alegou que não poderia gastar com o seguro dos carros lá estacionados ou mesmo com um guardador. Por outro lado ela não quer que caiba ao Estado mais uma vez o seu controle por receio de que ele "tome posse por uso" assim como fez com toda a área do CHS (que era da PUC). Além disso a PUC já tinham fechado contrato com a Parkway...
Após a reunião, pouca coisa mudou. As propostas da PUC e do CHS eram fracas, sendo que uma entidade empurrava para a outra a responsabilidade de resolver o problema. No final das contas o que havia de mais palpável foi a diminuição do preço do estacionamento no "Aranha" para 30 reais por residente pelo período das 7 as 17h e o CHS se comprometendo a dar 30 vagas em seu estacionamento.
Algumas reuniões dos Médicos Residentes e Estagiários se passaram discutindo o assunto, até que no dia 09/04/07, em Assembléia, foi decidida pela elaboração de um abaixo assinado apontando nossa insatisfação pela morosidade e a falta de interesse tanto do CHS quanto da PUC para resolver o problema. O abaixo assinado apontava para a possibilidade de Paralisação Geral de 24h em todos os setores da Residência, exceto urgências e emergências, para o dia 18/04/07, caso não houvesse uma solução para o problema. Somente neste período, cinco carros de residentes foram roubados. O abaixo assinado contou com participação expressiva, com muitas assinaturas e no dia 14/04/07 ele foi protocolado para a Direção Geral da CCMB, do CHS, da COREME, no Sindicato dos Médicos de Sorocaba e no CREMESP.
As repercussões foram grandes. O CREMESP deu liberdade para o movimento, uma vez que não seriam comprometidos os serviços de urgência. O Sindicato dos Médicos, através do Dr Ismael nos deu total apoio e suporte, inclusive comunicando a Imprensa, que somente no dia 17, procurou a Amereso por diversas vezes, inclusive rádios, emissoras de TV e periódicos. O CHS preocupou-se em discutir a questão com a PUC em reunião (em que a pauta agendada era o problema da Neurocirurgia e da Diálise) e reafirmou seu compromisso das 30 vagas reservadas. No dia 17/04 houve então uma reunião com a Dra Cibele Rodrigues, Dr Godofredo e com representantes da AMERESO, Vinícius (R2 Otorrino) e Fernando (R2 Ortopedia). Nesta, a PUC trouxe uma nova proposta de diminuir o valor do estacionamento do "Aranha" para 20 reais por mês e alongar o período de permanência para das 7 as 20 horas. Essa proposta então foi encaminhada para Reunião Extraordinária no mesmo dia, ocorrida às 17h e então foi decidido o ADIAMENTO DA PARALISAÇÃO DO DIA 18/04/07. Nesta reunião foi elaborada uma "Carta de Reinvidicação" com uma contra-proposta de aumento para 40 vagas no CHS que seriam reservadas apenas aos Residentes e Estagiários. Nela ficou estabelecido que seria novamente agendada nova Paralisação Geral caso o CHS não aceite o aumento das vagas.
Os Residentes e Estagiários que estavam no Conjunto no ano passado ainda estão entrando com seus carros nos estacionamentos com o selo antigo, porém os que foram incorporados este ano ainda estão sendo barrados, em sua maioria R1. Os ladrões se aproveitam porque sabem que os mesmos têm uma longa permanecia no hospital e livremente agem. Hoje noite o carro de uma residente teve o toca CDS roubado, além das avarias. No início da semana, outro R1 teve seu carro roubado e o mesmo não tinha seguro. Os problemas estão acontecendo e as negociações estão perigosamente lentas. Com a sua participação temos como melhorar as condições de vida e trabalho de uma categoria cada vez mais desrespeitada e aviltada.

sexta-feira, 9 de março de 2007

Reunião AMERESO, CCMB, COREME e CHS

No dia 05 de março foram enviadas correspondências para as diretorias da CCMB-PUC/SP, CHS e para a COREME, conforme decidido em Assembléia Geral no dia primeiro. A carta relatava a insatisfação geral dos Médicos Residentes aos fatos acontecidos no estacionamento do CHS, onde muitos MRs estão sendo impedidos de estacionar e s0bre o qual existe uma proposta de limite de vagas apenas para a nossa categoria.
Em resposta à citada correspondência, foi agendada uma reunião para discussão do tema, que contará com a presença de representantes da AMERESO com: Profa. Dra Cibele Rodrigues (Diretora Geral CCMB-PUC/SP), Dr Sidnei Abdala (Diretor Técnico do CHS), Prof. Dr Godofredo Borges (Coordenador da COREME), Prof. Dr. Luiz Sampaio Neto (Diretor Administrativo CCMB-PUC/SP), Sr. Fernando (Diretor de Gerenciamento Hospitalar do CHS) entre outros profissionais envolvidos com a questão. Está agendada para dia 13 de Março às 10h.
É a AMERESO defendendo os interesses dos Médicos Residentes de Sorocaba!

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Sobre o valor da Bolsa de Residência Médica

Em 2006, o valor da Bolsa de Residência Médica era de R$ 1.459,58 (sem descontos), dos quais cabiam à Secretaria Estadual da Saúde 80% (R$ 1.167,67), pagos através da FUNDAP, e à PUC cabiam os 20% restantes (R$ 291,91).
Após a Greve de 2006, a Bolsa foi reajustada para R$ 1.916,45 (sem descontos). A modificação da Lei Federal através do Decreto 51.489 alterou a divisão percentual da mesma e estabeleceu que a Secretaria de Estadual de Saúde responderá por 84,768% do novo valor da Bolsa (R$ 1.624,54) pagos através da FUNDAP, e os 15,232% restantes (R$ 291,91) serão pagos pela PUC.
Dessa forma, o valor a ser pago pela PUC permanece o mesmo, arcando a Secretaria com a íntegra do reajuste concedido.
Por se tratar de instituição filantrópica, ao invés dos 11% esperados, a PUC desconta 20% do valor que ela repassa para o INSS. Em alguns estados este desconto é optativo, e não compulsório. Essa é mais uma questão a ser discutida sobre a defesa dos interesses dos Médicos Residentes em nível Nacional.

Sobre o reajuste da Bolsa 2007

A Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo não aprovou ainda o seu Orçamento para 2007. Em decorrência disso, o reajuste da Bolsa de Residência Médica a ser repassado a partir de Fevereiro (referente a Jan/2007) sofrerá um ATRASO, porém será pago retroativamente em MARÇO ou mesmo ABRIL/2007. Os residentes que terminaram seu programa de residência em Janeiro/2007 devem manter suas contas ABERTAS até o recebimento da diferença!!
Leia mais sobre a Bolsa de Residência Médica na coluna ao lado.

ASSEMBLÉIA GERAL

ASSEMBLÉIA GERAL DOS MÉDICOS RESIDENTES

PAUTA: ESTACIONAMENTO
LOCAL: FACULDADE
DATA: 01/03/07
HORÁRIO: 19H

IMPORTANTE A PRESENÇA DE TODOS!!

Representantes de São Paulo no 40º Congresso Nacional de Médicos Residentes em Gramado/RS. Setembro de 2006